Medo não tem, nem esperança,
Um animal a agonizar;
Aguarda um homem o seu fim,
Tudo a temer, tudo a esperar;
Já muitas vezes morreu ele,
As muitas vezes retornando.
Em seu orgulho, um grande homem,
Homens que matam enfrentando,
Sobre a substituição da vida
Atira um menosprezo forte;
Sabe ele a morte até os ossos
- Foi o homem quem criou a morte.
William Butler Yeats (1865-1939), poeta, dramaturgo e místico irlandês, Nobel de Literatura em 1923.
Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos.
Imagem: Edvard Munch: Death in the Sickroom