Durante toda a trajetória de minha existência
Sempre fui muito atento ao que me diziam
E uma frase que ecoou centenas de vezes aos meus ouvidos
Até hoje tem cadeira cativa em minhas lembranças:
“A felicidade não bate duas vezes à mesma porta...”
Será que este argumento tem realmente raízes definitivas?
Creio que a felicidade não busca encontrar alguém,
É o indivíduo que vive à sua cata desesperadamente
E no transcurso da vida depende apenas de si mesmo
O encontro com essa alegria tão adrede desejada...
Nos momentos mais inoportunos pode-se ser feliz,
Assim como no auge de intenso contentamento não haja sorrisos,
A felicidade tem conotações distintas perante os seres,
Pois, o que para mim é animado, para outrem é triste...
São adversativas as acepções como cada qual a isso enxerga...
Certamente não há quem seja feliz em todos os momentos,
Alegrias existem bastantes, mas a felicidade é fragmentada,
Cabe à criatura saber aproveitar esses raros instantes
E levar o que é único a uma grande extensão,
Porém tal procedimento requer habilidade no trato com o cotidiano.
Igualmente é incomum a tristeza ser uma constante,
Nada é mais, nada é menos, em verdade tudo conta
E o melhor exemplo desta premissa é seu próprio viver...
Pare e reflita sobre as nuances boas e más em sua jornada...
Mesmo cheio de altos e baixos, o mundo é o mesmo,
O tempo é o mesmo, as horas caminham na mesma lentidão
E somente os valores é que trocam de roupa com constância...
Neste universo em que vivemos sempre houve guerras,
Traição, ambição, hipocrisia, ricos e pobres, sapiência e ignorância...
Cada um que procure desdobrar o bem, a felicidade está em si.