Poemas -> Reflexão : 

VÃOS VAGIDOS

 
Sinto uma tristeza destituída
De toda vontade suicida;
Tenho vontade de muito viver
Ou de nunca ter tido vida;
Porque, uma vez tendo eu nascido,
Minha vida ama à Vida
E eu não sei o que fazer da vida.
Essa água sem sabor
Terá valor ?
Ingiro-a como um castigo,
Como um prêmio, ou, quem sabe,
Como um delírio ?

II
Minha mente vibra em padrões.
Seus padrões eu sinto pensamentos:
Ter pensamentos me agrada, mas
Pensamentos são apenas padrões.
E eu, o que sou, o que me agrada,
Para além dos agrados padronizados ?
III
Sou máquina de tempo e vida,
Um brinquedo posto a andar;
Que faz o que foi feito para fazer,
Mas longe bastante de saber por quê;
E se diz: “Não há porquê.
O porquê é o Prazer”.
Porém o Prazer, tão variável,
Tão discutível sentir,
O Prazer, tão impalpável,
Será mais que maneira de mentir ?



Eu me assino na areia fina dos dias, escrevo minhas letras poemas que são plumas perdidas na densa atmosfera das eras.
Não assino versos eternos:
eu me contento com rimas que sirvam para agora. Almejo prosas que encantem, uma escrita-roupa que nos vista

 
Autor
dionisio dos santos
 
Texto
Data
Leituras
600
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
SoniaNogueira
Publicado: 27/01/2008 18:45  Atualizado: 27/01/2008 18:45
Membro de honra
Usuário desde: 31/10/2007
Localidade: Brasil
Mensagens: 624
 Re: VÃOS VAGIDOS
Somos aquilo que pensamos a nossa cabeça é o carro chefe para o comando da boiada e direção que quisermos. Para uns a caminhada é árdua para outros é brinquedo de papel. Abs.