Nada sei de ti por entre as pedras
Por entre as nuvens nem te imagino
Nada sei dos raios de sol, ou vento suão
Cantigas de Maio, mas que confusão
Sei contudo! Teu olhar menino
Tuas mãos abertas, certezas incertas
Rogando carinho.
Nada sei da rua, casas sem telhado
Um rio sem peixes, quando quero invento
Não será de agora. O olhar detive
Aquele menino, que com fome vive
Rogo ao Deus Menino que lhe dê alento
Eu não consigo, poemas invento
De cá para lá, pé na estrada, vou
Dando uma desculpa pelo que não sou
Aquele menino na rua em declive
Olhou para mim, e só mágoa tive.
Poesia de Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...