A ciranda um dia se desfaz,
O movimento, os olhares.
Frações do tempo, e sentimentos.
Sem notar, movemos o mundo,
Mas tudo passa tão ligeiro.
Os olhares se perdem no Adeus.
A ciranda um dia será lembrada,
Num templo qualquer. Vejo as matizes,
Nas cores vivas de Matisse.
As vozes ainda estão a cantar.
Um dia, tudo irá voltar, e rodar,
Numa ciranda, mas não mais de criança.
Poema e Imagem de Airton Sobreira