O fustigar do pensamento contra o vento
Que provoca ondas de rebeldia que acalento
Mimo e faço-as crescer… criando vida por um novo ser
Regradas por hipotenusas difusas que simbolizam o viver
Não…não sei que impulso me faz tanto escrever
Ou até sei…mas não quero dizer.
Pois a alma gentil, que em mim é febril
Contrasta com tudo, com o que vejo senil
Porque a idade não quebrou, não silencia
A criança que traquina habita a minha poesia
Aquela que com delicadeza, difunde a fantasia
Fantasiando mundos de plena e pura energia
E o que sou eu agora? O que fui outrora?
Outrora sei lá e nada me importa agora
Apenas uma plena certeza vive imbuída
A concretização de uma etapa de uma vida
O prazer de fazer parte de uma causa sentida
É isto que me faz correr, ansiar por escrever
Se fosse Pessoa escreveria
Escrevendo tudo o que sentia
Sentindo a vida que em mim fluía
Fluindo simples poemas com alegria
Se fosse Espanca a sofrer
O meu encanto seria amar até doer
Procurando no mundo me encontrar
O que arde sem se ver, mostrar a quem amar
Mas não… sou apenas vulgar
Jomad’o Sado gosto de me chamar
Prisioneiro em Mim quis publicar
Para a causa da APPDA ajudar
Que posso eu mais dizer sem falar?
Falando daquilo que faz a alma da minha alma… chorar
Porque aqui….não basta apenas o muito te amar, não basta