Quero morrer! Quero partir! Quero!
Porque te haveria agora de mentir?!
Insofrida solidão, eterno desespero,
que me fez perder, chorar, fugir ...
Fria-sombra, vil-ardência
em mim dispersa, consentida, a gemer!
Livido caminho, sem essência,
onde tombo, ante o medo de perder!
Vai! Vai, não me perturbes! Sigo
em busca d'outro sonho, outro abrigo ...
Outro colo, outro peito, amor-sem-fim ...
Que nos caminhos Universais,
não sofrerei por ninguém mais
e ninguém mais rirá de mim! ...
Ricardo Louro
Chiado/Lisboa
Ricardo Maria Louro