Estranho pensar
que há tanto
vos não vejo!
Tenho o Sol e
não vos tenho,
vejo a Lua e
não vos vejo ...
E que terei eu
se vos não
tenho?!
O que valho
sem vos ter?!...
Nada Amor ...
Nada ...
De meu
despedaçado
Coração,
são tão pequenos
os pedaços
que passariam
pelo fundo
d'uma agulha ...
Agulha que me
espeta e pica
a ilusão!
Ilusão que tenho
em vos tornar
a ver ...
Ainda que por
curtos e efémeros
momentos.
Tenho esperança
Amor!
Tenho Esperança!
Instante,
bastaria-me um
instante ...
Sinto vossa falta
como a flor
sente do Sol
nas profundezas
do Inverno ...
E no espaço da
beleza que em
mim espelha
vossa face,
endurece angustioso
meu coração!
Duro como o
gelo da montanha
ao qual vossa
ausência me baniu!
Mas o Amor
sempre deve culminar
na Esperança!
E digo-vos.
Por isso,
digo-vos, Senhor:
a Esperança guia-me,
guia-me a Esperança,
meu Amor!
É ela que me faz
viver o dia,
especialmente
a noite ...
Noite que me vem
da-dor da vossa
ausência ...
Guia-me a Esperança,
meu Amor!
Guia-me a Esperança!
A Esperança de que
depois de deixar
de ver-vos,
não seja a ultima
vez que vos verei!
E despeço-me de Vós,
com todo o Amor
que por vós tenho
imerso numa fria e
funda solidão!
Ricardo Louro.
O Cavaleiro
do Vosso Coração!
Ricardo Louro
em Évora
Ricardo Maria Louro
Re: Da dor-de-ausência ... carta - poema.
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