Sonho noturno em que a forma atraente
No cotidiano aleatório se prende a dor
Pela ilusão pensante de uma tela fluente
Algoz da sua gente, da mente o agressor.
Já não satisfaz a teoria da voz consciente
Do real invisível que se desbota na cor
Das Juras e mentiras do espelho eloqüente
Paralisante da alma ao teatro do seu cursor
Futuro ceifado pela voz da manipulação
Corre perigo pelo triz de um grito alucinado
Chorando o mundo quando consente calado
Tudo que não sai do lugar por não condução
Eclodem sem atenção as feridas do abandono
Das mãos que as armas são habituar o sono
Murilo Celani Servo