Insano!
Quebrastes as asas das ilusões,
Pintastes o canto dos pássaros
E partistes vossos sonhos em dois...
Insano!
Chorastes nas lágrimas dos crocodilos,
Sorristes as desventuras dos mares
E agora desconheceis quem vós sois...
Insano!
Escrevestes sobre a miséria das gentes,
Bebestes do vinho que é o sangue
Da esperança única que se foi...
Insano!
Andastes pelos cascalhos da música,
Aterrastes vossos segredos nos pântanos
Sem precaver-se do que seria depois...
E, agora, insano?
Por que dormis sobre a cripta do medo?
Esqueceis que estais vida e viveis vossos erros?
A solidão não vos libertareis...ele é alma, pois, pois...