Queria eu voltar no tempo.
Prefiro a angústia do arrependimento,
A nunca ter tido o peso de um amor em meus braços.
Viajante do tempo, invejo-te.
O poder que tens, rouba-me pensamentos.
Teria eu feito diferente?
Tido coragem e inquerido-a?
A moça que caminha a frente,
Tem em mãos minha história.
Ela saberia moldar um mundo, somente para mim.
Com esta moça, viveria mil paixões de uma noite.
Os dois, sentaríamos ao chão,
E nos alimentaríamos de suspiros e saudações.
Seria sempre a primeira vez que a veria.
Minhas artérias entrariam em ebulição.
Perderia a fala e a razão.
Seria sempre assim, essa vida perdida.
Esse ganho de não ganhar nada e perder.
Este mundo que nos rodeia.
Esta praça que mesmo cheia, encontra-se vazia.
Teria ela aceitado? Seria ela tão capaz de perde-se em mim?
Que maravilha tive agora.
Seus olhos falaram-me.
Seus dedos tocara-me.
Atravessei tempos e espaços.
Encontramo-nos, com o poder do querer.
Imagine o da saudade?
E houve maior sensualidade,
que viva sensualidade foi.
Ao ajoelhar-me e partilhar contigo,
O silêncio da eternidade interpretado por amor.