Devagarinho - Lizaldo Vieira
Vamos viajar
Tomar carona no vento
Ver cenas de um mundo sadio
Terra nova
Viçosa
Curtindo o ventinho
Meu papagaio falador
De asas douradas
Viajou pra floresta
Buscar fruto maduro
Beija a brisa da manha
Como que vai para videira
Colher o fruto
Sem atrapalhar a beleza dos tempos
E se todos soubessem o quanta a natureza é importante
No simples pisar no mato devagar
Sem acordar o vizinho
Bichos amiguinhos
Pegar água na fonte
Beber com a mão
Como quem faz um cafuné
Sem deixar derramar uma simples gotinha
Deixar perpetuar cada pinguinho
Beber da limpa água
Na cuia
Sem tempo de desperdício
Como é bom caminhar
Chegar limpinha em cada lar
Que trilhar veredas sinuosas
Sugar agua das flores
Inodoros
Ainda no orvalho
Quem nunca arrancou goiaba de bicho
Beira da estrada
É bom demais
Andar devagar
Deixar os pés deslizar na lama do brejo
Sem medo de cabeça de prego
Duvido que nunca coleheu
Araçá madura
É saboroso degustar a mata
Amar a mata
Viver a mata
Ver bicho de deu em deu
Macaco catando pulga
Coçando o saco
Beliscando o filhote
A vida é tão simples
Simples também pode ser nosso conduta
Como tia Neusa
Que carrega o pote na cabeça
Sem tremer o cangote
Ave Maria
Deixemos conhecer esse tempo bom
Ele ainda existe
É só saber preservá-lo
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...