Na casa do trinta e um anda tudo alterado
Emigra ou não emigra, tem valor ou é falsete
Anda tudo revirado, tudo anda ao encontrão
Tudo nega ao olhar que esta vida é um ginete
Hoje estás tu no barco, logo mais estarei eu
Na casa do trinta e um, mas que grande confusão.
Enquanto os burros zurram…
A caravana adiante trouxe o Relvas à arena
E agora quero ver onde o circo vai parar
Um dia ao acordarmos vai o Tejo a emigrar
Os olhares envinagrados pela inveja ou maledicência
Deviam estar alinhados em combater ignorância
Só assim teremos força p`ra enxotar esta corja
Que nos colocou de tanga, porque emigra ou não emigra
Devia ser por vontade, não p`la força da pobreza
Para que os nossos governantes nos tirem a tripa do cu
De nós façam chouriços na casa do trinta um.
A caravana se perde em tamanho alvoroço
Os (Relvas) estão de olho. Nas calças o bolso cheio.
É salgado ou mais insosso, é doce ou amargo
Na casa dos trinta e um por dá cá aquela palha
Afunda-se a memória em masmorra com fornalha.
Poesia de Antonia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...