Seguimos a passos lentos os funerais.
Recolhemos flores, sopramos as velas.
Pés de nuvens espalham o pó da existência,
desaparecem os perfumes das camisas;
Ninguém lava, nem leva os trapos de vida.
Morrem teus lábios; não há mais brilho
no bico dos teus sapatos.
Quebraram-se as correntes,
de ouro, diamantes e rubis.
Tudo se transporta ao nada:
os ossos dos dedos, os olhos úmidos
e as costelas quebradas.
Poemas em ondas deslizam nas águas.