Tudo faço para ver-me brincar e sorrir,
Dissipar a tristeza e não mais chorar,
Meu sorriso obra odores e me faz respirar
Hediondo ostracismo que me obriga dormir.
Tento despertar antes de amanhecer,
Curtir o orvalho, não deixar o sol se abrir
Para que na umidade da penumbra possa sentir
O frio da saudade que me ensina não sofrer.
A cortina do dia cai e faz o tempo corromper
A ilusão sonhada que me permite estremecer
Onde os vagões solitários vão navegar...
As incertezas confabulam, meu ego vai fugir
Do mundo oco para que se possa construir
Um coração onde maior ventura seja amar!