Um amor infinito e imutável
Tão secular como a existência
Algo tão puro e formidável
Carregando a pura inocência
É apenas um amor de Pai
Algo que nunca se esvai
Algo que chispa no coração
Agitando a vida com emoção
Sentir que…
A nossa alma na dele se reflete
Sonharmos-lhe…
um futuro que mil vezes promete
A eternidade e mais além
E se o mundo o prejudica porém
O nosso corpo logo escuda o desdém
Morrendo por ele
com ele vivendo
Algo tão poderoso, tão tremendo
Não se acaba, continua resplandecendo
Tal seiva que apaga o sofrimento
Tudo isto apenas num momento
Embalado num calmo e zéfiro vento
Os cinco sentidos, ofuscados, maravilhados
Rendidos sem batalhar, conquistados
São nossos filhos até eu morrer e além
Que eles, têm que muito e muito viver também
Agora acariciando o teu cabelo
Rodando nele o dedo com desvelo
Vejo que nem precisava escrever
Bastava com o coração ver
Sentir o teu puro, a bater
Amor de Pai, até morrer…