Há quem se renda a um contrabando de amor
Fazendo das esquinas caramanchão de aventuras,
O resultado não é inóspito e o delinquente perfura
Cordões negros encaracolados do indefeso receptor.
Desse comércio ilícito produzem-se seres sem arrimo
Analfabetizados pela dinâmica nefasta do instinto
Que borrifa em si uma adrenalina de labirinto
Massificada pelo rodopio indigesto de um teor cretino.
Em sua essência trata-se da clandestinidade que é muamba
Açodada pela ingerência subalterna que nada manda,
Mas que comanda o ir e vir das celebridades sem cartaz...
O anonimato é mármore, pedra insensata que desvia
As índoles contaminadas pelas relações sempre frias
De um exército que luta incentivado pelo ponto dos orixás!