Poemas -> Tristeza : 

A Despedida pt.1

 
O tema de conversa
Já ia a descambar
Ideia de forma dispersa
e uma ravina a aproximar

A ravina que ninguém avista
Repleta de dor, sem fim
Ou melhor dizendo com fim à vista
Ou algo assim.

Algo não está diferente
A razão é mesmo essa
Haverão alterações certamente
É o propósito da conversa

Até que as palavras se soltam
E há uma demonstração
De arremessar um fim ao chão
Que ambos sustentam

Desaba o chão do ouvinte
Que preso por um fio de esperança
Alça a mão como um pedinte
E espera, para ver se alcança.

Mas já vai longe esta vontade
Que parece já ter idade
Para pelo menos os olhos abrir
Dois meses, não eram para rir.

Um era visitante
Como tal ficava distante
Trata da despedida
E de encontrar a saída

Vai pelo meio caminho
A digerir o acontecido
A pensar baixinho.
Sem acreditar no sucedido

Ali já não voltaria
Nunca mais faria o inverso
Daquele percurso de regresso
Com este fim, ele nunca sonharia.

 
Autor
PLiff
Autor
 
Texto
Data
Leituras
930
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 20/02/2014 01:33  Atualizado: 20/02/2014 01:33
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: A Despedida pt.1
Pliff
Gostei imensamente da leitura!

Com este fim, ele nunca sonharia.


Acontece! De vez em quando queremos fazer uma surpresa ou brincadeira e acabamos surpreendidos! Caça e caçador se invertem! Assim imaginei!
Beijos!
Janna


Enviado por Tópico
fernandamoreira
Publicado: 22/02/2014 14:50  Atualizado: 22/02/2014 14:50
Membro de honra
Usuário desde: 13/01/2014
Localidade: Sao Paulo
Mensagens: 2461
 Re: A Despedida pt.1
Neste dia que tu partistes, o céu parou
as estrelas não brilhavam mais
o som dos carros na rua da minha casa, eu não poderia ouvir, meus ouvidos estavam tapados
eu não queria ouvir mais nem um som apenas o da tua voz...
O clarão dos faróis em meio as pessoas, me deixava tonta, uma vertigem de emoções...
O coração amassado como papel tão frágil, eu morri
Uma morte lenta e cruel, um veneno em meu ser...
que dor eu senti, nada mais importava, tu tinhas me deixado, como viver meu ar não havia mais em minha volta, minha cama, uma enxurrada de lágrimas, meus olhos tristes e doentes, dias sem dormir, comer? era só uma ânsia e um mal estar...
E assim meus dias demoravam a passar, e pensar que tu não tinha se despedido de mim, nossas almas separadas, nosso abraço ficou no ar, nosso beijo ficou pra depois, nosso aperto de mão, nem de amigos, nada, eu não tinha mais nada, apenas doces lembranças do que eu esperava ter acontecido...
Sei foi preciso partir, mas eu demorei pra aceitar...
Se tua bebida te es amiga agora, a mim só me da sabor da despedida
um regresso que não veio, mas trouxe pra mim o melhor de você
o que eu tenho agora, tu em versos...

Lindo amigo
poeta
parabéns

Nanda