Na sacada, olhando a rua, pessoas passam sem se olharem
Meu violão tristonho, espera por mim
Arrisco uma canção, nada, nada sai, apenas acordes
E você na memória suicida da minha mente, doente
Peito apertado, hora de ir pra cama...
Deitar-me em um leito de solidão, e teus versos na cabeceira da cama
Abajur a apagar sem nem me tocar, que o quarto escuro está
O frio, bafo do vento a maltratar a janela
Tento me retorço na cama, e o sono não vem, um copo de água a matar
A sede de você, delírio de uma ilusão.
Durmo, mas neste sono leve, sinto um calor ao meu lado, um bem
Meu corpo se acende todo, sinto um toque suave das suas mãos a me
Acariciar, sua respiração em som de música ao fundo, deixando que a luz do seu
Rosto ilumine meu ser, você percorre territórios do meu corpo, que o desejo
Permite percorrer.
Seu beijo, quente, me olha nos olhos, como já se rendendo ao amor
Minhas mãos tocam seu rosto, sua barba macia, eu te abraço, em um abraço eterno
Do momento, somos um agora.
E nesta visita, eu poderei enfim dormir feliz!
Nanda