Num refolho d'alma folhas secas caem Das flores que foram enterradas No areal em flor Pétalas esvoaçam Na imensidade da essência brumada Dos versos meus.
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Grafados em papel de cor pastel De folhas secas, No mais belo fulgor das folhas Aguada pelo sal do teu desamor Que caíram folha por folha.
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Pois, nem isto fez A minh'árvore-sol Secar, no lamento das cores cinzas Jogadas ao vento de tuas palavras, Traçadas pelo enterro De um amor findo (enfim, ponto final).
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Hoje se faz samambaias N'um jardim vestido de rosas vermelhas Aveludadas em cristal de seda Visto-me novamente de essência-raiz.
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D'arvore do amor que com certeza Não é mais o teu. Do sentir a dubiedade Nas faces assolada de chão Onde o sol esturrica O sentimento torrado.
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Nas noites cinzas do teu lado obscuro Que renasce como fênix sempre As folhas secas que caem Do meu corpo, Levanto novamente Do areal dantes enterrada.
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E abro o coração D'alma repleta de flor E voa para o mundo Da floresta encantada Seivando o amor que conquistou Seu espaço privilegiado.
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E fez sua casa na árvore que teima Frondosamente aquecida E regada pelas águas Dos teus versos E se fazendo completo Ninho de um passarinho Que dantes desprotegido E num ninho adornado.
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Se fez e se faz muito amado Hoje, de um camarote privilegiado Assisto no patético palco da vida tua O findo da história que se segue Não mais me fazendo parte integrante.
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E com certeza a justiça do imperador Que é Júpiter E a verdade prevalecerá A matriarca Croo Mâat Reinará implacável Pela humilhação e exposição da imagem.
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Rasgo o papel Das folhas do livro em branco Que dantes deixava rabiscar Hoje, eu o risco e faço borrão... Jogo no lixo, expurgado de mim Onde rabiscava o amor de uma vida Sem sentido, Des-paginando o silêncio Onde o grito de liberdade impera Num alvorecer glorioso.
Ray Nascimento
Do fundo do meu ser; amo te ler; tua amizade e seu amor sincero são refrigero pra minha alma.Te amo Amiga do seu AMIGOMENINO! Adriel