Poemas : 

Espinhos da Madrugada

 
Não tardo em recolher meu último sono
Constrangido pelo secular concurso da insônia,
Meus olhos abrem e fecham sem qualquer cerimônia
E na noite pedaços de angústia soam como escombros.

O silêncio perscruta minha agonia e caçoa da vigília
Que me abate sob os silvos agudos da mortalha,
Sonho acordado com navios piratas que encalham
Nos bancos de areia formados por colossais ventanias.

O tempo parece estático diante das horas que não andam
E no remelexo do corpo sobre a cama os lençóis reclamam
Do suor que ensopa minha pele carente de umidade...

Da tortura noturna herdo no amanhecer a fadiga
Que pesa toneladas dentro da insensatez que me obriga
Vez por outra cochilar nos balcões sonolentos da liberdade!



 
Autor
imelo10
Autor
 
Texto
Data
Leituras
636
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Maryjun
Publicado: 17/02/2014 02:24  Atualizado: 17/02/2014 02:24
Membro de honra
Usuário desde: 30/01/2014
Localidade: São Paulo
Mensagens: 7163
 Re: Espinhos da Madrugada
Boa noite, poeta!
Retratou muito bem uma noite de insônia.
Noites assim é terrível.
Abraço fraterno,

Mary Jun,