Transpassarão os sentimentos das palavras ocultas mas reveladas
Num corpo que se move ao ritmo da ausência sentida?
Poderão, algum dia, os teus olhos captar a culpa acumulada
Que se alastra no meu sangue, que preenche a minha vida?...
Relembrarás os dias que morreram e que, porém, não terão fim?
Porque renasceram, mais vivos que antes, bem dentro de mim!
Vivo o passado, vejo o presente, temo o futuro que se aproxima;
Fecho os olhos, sossego a mente que é dominada pelo clima...
Sinto a humidade do orvalho, observo a força dos ventos...
Mais um dia é arrancado e atirado para o baú de fragmentos
Que protejo juntamente com a tua imagem que guardei em mim;
Uma imagem que não é tua, nem será minha, nem tão pouco terá fim...