MEU LADO FÊNIX

MEU LADO FÊNIX

Em tantas feridas vi minha pele se desfazer
Duros golpes fizeram meus ossos em pedaços
Bateram-me demasiado na carne ingênua
A pouca lucidez se esvaía da minha mente
Num desespero em dor
Minhas lágrimas foram único ungüento

Cortando túneis com meus dedos
Tantas milhas não me levaram a ti
Na dor que excruciava meu corpo cansado
Tentei aprumar minhas pernas quebradas
E suportei os curtos passos que pude dar
Erros sucessivos sugaram meus horizontes
Desejos tolos sufocaram meus pulmões
Roubaram o ar da razão

Nas lições das duras penas
A pouca luz dos meus olhos viram
Que nem todo sonho vale a pena
Que coração é traiçoeiro
Que doces sorrisos escondem venenos
Palavras suaves nem sempre significam respeito
E ausências constroem muros

O tempo vem qual mestre
E mostrou o que eu negava ver
Nas chagas feitas pelos enganos
e nas dores criadas por mim
A promessa que novas histórias podem ser escritas
E nas cinzas e pó que jazia meu ser sofrido
Permiti Fênix surgir
Nascendo mais uma vez
Da sepultura fria e úmida de um tolo amor