Ejaculei pensamentos
Sobre a réstia da lua,
Recebi da noite
O orgasmo das estrelas!
No céu estava escrito
Que, para concebê-las,
É preciso despir-se das vaidades
Que a terra acumula.
Masturbei ideais
Que se bronzeavam
À luz do sol!
Ganhei do dia
O abraço com
Flores de primavera,
Mas o vento imprimiu
Na brisa de minha janela
Que o calor alimenta
O bater dos corações e
Desnuda-se de seu anzol...
Copulei com as folhas caídas
Das tardes de outono
E, com a nudez das árvores,
Compreendi quem somos
Nesta imensidão de hectares
Que é a vida!
No aconchego contraído
In loco com a natureza,
Entendi que o amor é fino,
É esbelto e da mais pura beleza
E que confecciona na criatura
Uma existência evoluída!