Goteja em ti este instante
espumas brancas de mar distante
de sonhos de amor de um quente verão
do sol que em brasa aquece a pele molhada
de amor e paixão.
Delírio começa na madrugada
a face marcada
de beijos em explosão
o corpo mordido, chupado, ferido
lascivas as ondas que cercam os seios,
as costas, a boca, os lábios vermelhos
inchados de tantos beijos e beijos e beijos.
Goteja em ti raízes negras da saudade
dor aguda que nasce de um grito
nas entranhas explodem a fragilidade
e no peito a angustia aflitiva dos aflitos.
Goteja em ti este instante
a ilusão a incoerência da vida
de alguém que um dia chamou de minha querida
e deixou apenas em ti
as ardentes lavas da despedida.
Alexandre
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