Vi um facho de luz no horizonte, fui buscar uma razão para tal fato, então logo descobri para meu espanto, era o teu ser em dimensão de
uma cascata, iluminavas toda aquela redondeza, fluías tanto nos sentidos adjacentes, que neste instante me enchia corpo e mente,
e eu me sentia o pivô dos teus semblantes, quando me disse que queria ser minha flor, me dar o perfume natural dum néctar virgem imaginei isto é um caso de amor, e me cuidei para evitar uma vertigem, tu me enfeitiças a começar pelos cabelos, eu não resisto estes chumaços cacheados, quando eu alcanço minhas mãos em todo ele sinto um prazer ao propiciar-te um afago, sonho contigo desnuda sem proteções,
com os teus pelos eriçados e aconchegantes, e os nossos sonhos a caminho duma conclusão, que é nos amarmos sem pudores nem formalidades, mas com os desejos todos eles praticados.
Nasceu do nada um sentimento básico e comum, sempre que te olhava a minha mente tinha um recesso, e o subconsciente procurava mas sem progresso, uma ligação que justificasse tais calafrios, houve um período em que me senti muito vazio, mas nem de longe eu te enxergava como solução, mais por um acaso em uma confraternização, fomos figurantes duma cena assemelhada, eu e você presentes sem namorado(a) e pintou um drink formalizando nossas presenças, naquela montilla havia a chama do amor, quando o tomamos nos subiu um mesmo calor, com as faces rubras me indagastes se eu dançava, obviamente com a cabeça te acenava que os meus dotes são de um perfeito bailarino, mas na verdade nunca treinei desde de menino, e dadivosa tu me guiou pelo salão, e foi então que eu senti o teu coração, e este pulava como um sapo em terra quente, o meu também foi disparado de contente, e nos beijamos sem consentimentos um do outro, foi engraçado pois achamos um colosso eu olhei em ti e perguntei se estamos namorando, você sorriu-me a tua respostas ainda estou aguardando, como já é certa a gente prossegue se amando.
Miguel Jacó
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