Tanto eu grito como choro...
Sorrir é tempero e meu eu confessa
Que minhas lágrimas são obesas
E em meu grito há miligramas de cloro...
Tanto eu falo como me calo...
Meu silêncio é sinopse dum glossário
Onde as palavras dissipam o eu perdulário
Que rama inconsciente indiferente ao meu talo...
Tanto eu ando como corro...
Parar é recomeçar tudo de novo
E minha exegese só caminha em frente...
Tanto eu durmo como acordo...
Meus sonhos são pirataria, às vezes corvos
Que me sugam da essência pitadas da mente!