Não sei o que o meu corpo tem
Ele não se sente bem
Há já algum tempo.
Já lhe perguntei o que ele quer
Mas ele fica calado no seu sofrimento
Reflecti ao seu passado amoroso
E creio que encontrei a razão.
Meu corpo estava habituado
A ter sempre a seu lado
Aquela mulher que passou
Ele não sente agora o veludo
Que o seu corpo acariciava
Que as gotas do seu suor sugava
Em noites loucas de amor.
Desse amor ele tem fome
A saudade o consome
O quarto está sempre escuro
Falta a luz desse olhar
Faltam as palavrs meigas
Falta o ofegar desse peito
O rangido do seu leito
Falta-lhe a meiguice ao acordar.
A. da fonseca