Não curto amor, o amor que me curte...
Sou joia cara, não sou iogurte
Que se viça tresloucado pelo sabor...
Não procuro beijos, o beijo que me procura...
Meus lábios são ouro, não são dentaduras
Que se contentam com beijos de isopor...
Não faço abraços, é o abraço que me tara
E me enreda em sensações de arrepios...
Consome minhas forças, deixa-me no cio
A remexer-me numa excitação intensa e rara...
Não dou carinho, é o carinho que se dá a mim...
Violenta-me com ternura e emoções fortuitas
Que me assediam meigas vibrações e me imputam
As seduções que o mundo teima em não pôr fim!