O vento soprou entre as nuvens e naufragou
Dentro de um penhasco de profunda solidão,
Diante da intensa correnteza teve de si compaixão
E se transformou em vagas para evitar a dor...
Cambaleou por entre pedras e atingiu o cume
Da aventura rodeado por infernais precipícios,
Voltou a soprar lento para afastar homicídios,
Mas novamente despencou e não ficou impune...
Magistralmente ferido, pranteou saudades
De ver-se livre e de comandar as tempestades
Que carregam em si o dogma das destruições...
O tempo o reabilitou perante suas cicatrizes
E, assim, copulou e fecundou brisas felizes
Que aprenderam tão somente a refrescar corações!