Luas
Havia sete luas
todas sem vida.
Viviam talhadas no aço
envoltas nas mais estranhas loucuras
em noites rasgadas por punhais
despencando em olhares medievais.
Espreitando no escuro
era puro caos
caótica sepultura de luas
calada
não queria dizer nada.
Esgueiravam ao longo da muralha
com a boca velada
tensa extenuada
com as pernas abertas a espera do falo.
Cravada nas noites de espumas
não falo sobre teus dedos
falo sobre teus medos
intermitentemente contemplativos
como as feras
de olhos passivos.
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