As minhas mãos percorrem o vento
descem pelas colinas em cipreste
a galgar as tempestades
como um cavalo alado…
Atada em palavras que me queimam
procuro em galopes vorazes
o silêncio na candência do sol…
Esferas de fogo no universo azul
em cinzas que beijam o olhar
arrumo as nuances do arco-íris
quando a chuva o deixa cair ao fim da tarde…
Balanço as águas em calmos versos
que a alma apara para atravessar o tempo
escrevo o corpo com tatuagens versejadas…
Encontro veias rasuradas
em papeis amarrotados com canetas sem tinta…
Os olhos não mudam…choram
prenomes de um poema que morre
na observação dos homens que se calam
sentados em gritos de fama…
Tocam o sangue esquecido
o fogo consome os silêncios
mas nunca a identidade da verdade!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...