Sob uma chuva torrencial trotava um corpo sinuoso à passos largos,
e ao emparear-se a minha porta suplicou-me abrigo por caridade, e sem que eu pudesse avaliar as circunstâncias a concedi guarida,em poucos instantes estávamos a desfrutarmos comumente de uma mesma sala, desnorteado pela inundação desagregadora daquele corpo me propus a aquece-la, a qual recusou-me de pronto, dizendo-me moço encharcamento não simboliza falta de vergonha, foi então que me dei conta do meu despreparo para socorrer aquela moribunda, e timidamente a indaguei, moça você pode aceitar um pano seco para amenizar sua hipotermia? e ela com farta alegria, respondeu-me faça-me a caridade, e foi nesta simplicidade, que o nosso amor nasceu.
A tua pele sedosa ao alcance das minhas mãos, são estímulos inquestionáveis para aguçar minhas caricias, é fato que para tanto tu me impõe pré condições, mas isto não é barreira, do jeito que o meu corpo viça, teus hormônios femininos explodem uma vez ao mês, e exalas um odor que de pronto me excita, nosso ninho de amor se abunda ainda mais, quando pedes com carinho um aconchego perspicaz, é assim que tu defines a minha total disposição, de explorar este teu corpo, com meu falo, língua, e mãos, em cada noite de orgia visitamos o nosso oásis pois tuas reciprocidades, me deixa claro do que és capaz, fomos feito um pro outro isto nem cabe discussão, temos fogo nas entranhas e muito amor nos corações.
Miguel Jacó