Por onde passo repousam feitiços
Momentos esquecidos na orla da vida
Instantes marcados a tinta-da-china
Aba de capote em corpo roliço
Por onde passa o olhar esgueira
Nas aldrabas de bronze auguro soleira
Por onde passo não sei de ninguém
Daqui ou dali não sei, vejam bem
Contudo os meus passos percorrem ligeiros
Pelas ruelas não se sentem estrangeiros
No paraíso que um dia nasceu
Aos olhos de um rei que assim prometeu
Que sejas mais bela entre todas as belas
Vila Viçosa de palácio e capelas
Que sejas menina namoradeira
Semblante de oiro antes da fronteira
Por onde passo recantos com história
Terra de Florbela a sua memória
Por onde passo decido voltar
Uma porta aberta convida a entrar.
Poesia de Antonia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.pt/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...