Vivo num Mundo de Saudade
Saudade eterna e constante
Sem remédio, sem volta que dar
Sendo essa jornada, tão ofuscante para meu lado
Como se poderia esperar que ficasse parado
Com ela, uma vida de alegria ansiava
A sua presença mais que tudo, desejava
Afinal de contas, muito, nunca foi o que pedi
Apenas alguém a quem me pudesse entregar
Que se pudesse retribuir apenas com um olhar
E em troca sempre me dei
De corpo e alma me entreguei
E sempre foi assim
Felizmente, para ti e para mim.
A Saudade é de coisa nenhuma
O concreto passa a nulo,
Sempre que não se explica
Mas a vida é só uma,
E sem Ti nada mais se justifica
O que outrora era importante
Agora divino é
O que agora é relevante
Outrora banal.
Antiga Saudade cortante
Nada mais que engano total.
Ah tempos passados
Sempre tanto a ensinar
E mesmo onde menos esperar
Lá está ele aos bocados.
É o conhecimento,
É geral
É despedaçado
É incondicional.
A Saudade tem como casa a memória,
Uma cabana pequenina no canto do coração.
A sua existência é notória
Sendo a dor o seu chão
Vivo num Mundo de Saudade
Crua, pura, sem sinais de piedade
Funda, sem fim…
Mas cheia de Amor, ainda assim.