Enquanto a olhava
E apenas pensava
Se o que dizia
Não seria, em demasia
Delírio de cabeça quente
Causado pela febre presente
Em mim,
Só e apenas queria vê-la sorrir.
Faria de mim melhor pessoa
Melhor rapaz, homem
Faria deixar
De ser dos que comem
Sem saber se a comida é boa.
Fazia-me acreditar…
Faria com que fosse feliz.
E não como apenas se diz.
Nada do que possa ser existente
Me causaria tal reacção,
Me abalroaria o coração
E ali, estendido no chão
Ficasse ainda contente.
Digo-te que desejo profundamente
Beijar carnalmente
O teus lábios tentadores.
Por meio de actos motores
Devorar-te lentamente…
Consumir-te apaixonadamente
Ser capaz de te respirar
Manter-te quente
Dentro do meu ser
Aguardar,
Dentro da minha mente
Para aí…te ter
Queria ser capaz
de conceber,
de tal forma perspicaz
Algo que fosse capaz de se dizer
Que transmitisse verdadeiro significado
A dadiva que é, ter-te encontrado
Mas não é permitido…
Diz que é ilegal
Aí ninguém pode a mão ter metido
Deixaria de ser natural.
E por mais que me possa agora custar dize-lo
Sei que ficarás a sabe-lo
Custa imenso dizer-te o quanto te Amo
Custa imenso solta-lo enquanto o declamo
E custa por ser um sentimento assim
Enorme, gigante…sem fim
Pois quando verdadeiro
Não há rio, para tamanho cacilheiro
Nem presa para tão grande predador
Nem cura, para a doença
Nem nada que o vença!...
Amo-te meu Amor.