Entendendo o silêncio dos mudos
E não se encontrar no barulho das palavras
Caminhando na mesma estrada
E nunca se encontrar, nunca estar lado a lado
Abraçando na ânsia dos corpos
E nunca encontrar o caminho do amor
Apertar mãos como ventos apertam as colinas
Sem conseguir entender a força dos ventos
Os ventos e os corpos cada um pro seu lado
São corpos sozinhos que não se entendem
Almas distantes na busca insensata da estrada
Caminhando por dentro da alma amada
Sem entender os perigos dessa jornada
Nos deixa sem nada saber, sem nada ver.
José Veríssimo