Este estar sozinho, este estar sem ti,
Deixa-me tão absorto como nunca vi
Em ninguém; e, se minha poesia flúi,
É porque, a si própria, ela se conclui.
E age tão naturalmente de si para si,
Que eu, sou um mero espectro, aqui.
Espectador atento de tudo que influi,
E em letras e conspicuidade, se dilui.
Sim porque aqui a riqueza já tendeu,
Por sua iniciativa, ocupar, em mãos,
Estes versos, que, se comprometeu,
Serão seus, jamais meus. Disforme,
Insano compadecer, cheio de nãos,
Assim, pois então, que se conforme.
Jorge Humberto
30/12/07