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Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
retornei, hoje, à minha antiga casa, nuançada de verde água do mais claro e límpido que já vi. quando parti ficou o verde de tudo; as jussaras, as mangueiras e gravioleiras e até um pequeno bambuzal dando vida ao quintal e pelas laterais o forro do jardim, grama esmeralda amaciando pé de jasmim; os vasos de gerânios, as zínias enchendo os canteiros e o flamboyant dando sombra à dianteira, enchendo de folhas a calçada, testando a paciência. tudo ainda está verde na casa... até meus sonhos que balanço agora na varanda; um regozijo na rede. mas, dentro deles, resquícios de contradição; a imagem da outra casa largada – tijolo e vidro, sem jardins e sombras – flamejando a cor laranja e trazendo saudades do que não vivi.