Metamorfose do avesso – Lizaldo Vieira
Ou rou
Rou
Nada mudou
Eito de defeitos
Das rotinas sacanas
Tudo se repete nas malandragens
Nas gaiolas dos trezentos picaretas
O ano mau começa
E tudo é cinzento
A rotina já parece tão velha
Mar morto
Terra arrasada
Rio fedorento
Becos e vielas em ruínas
Todo dia é a mesma manha
Nas caras de pamonha
Cantilena de erros e destruição
No topo
Velhas práticas
Velhas ideias de caos
Vide em desgraça
Nos caroços de jaca
Vejo que o sol apesar de intenso
Não brilha nos grotões da imprudência
Não faz a diferença contra a impunidade
VIOLÊNCIA PERPETRADA
Nada faz sentido
Ninguém se aventura a sacar o espinho das rosas
Tudo é tão repetido
Já velho
Podre
Vencido
Mesmo erros nas caras pintadas de nada
Sorriso amarelado nos rostos sem sonho
Mesmo com o chuá das cascatas
Ninguém se banha na nudez da simplicidade
A vida morena
É lamentável ignorada
Pelo balcão dos negócios sujos
E timidamente
Segue invisível aos corações de pedra
No reino das famílias Flintstones
Com santa ignorância
Onde a civilização nuca chega
Pra que
Tudo nem tem sentido
Na brutalidade do ser gnóstico
Na da pra nico
Muita complicação para o projeto
Do desenvolvimento sustentável
Desse jeito
Não posso correr atrás
Do que me faz bem..
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...