Meu sono feito de navios.
Meu sonambulismo, resumo de naufrágios.
Por que hei de estrangular minha paranóia?!
Nenhum ato de bravura escondido em meus sapatos.
Nenhuma estrela perdida no bolso do meu paletó.
Nenhum suicídio à vista.
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júlio, in A Mímica do Vento (Edigrax, São Paulo, 1990)
Júlio Saraiva