que venha mais do que já veio
o suporte firme está feito
prateleiras de bonitos e feios
que venha por (a)mar
ou pelos vãos escondidos
subterfúgios; vida
de sois nascentes
ou ocidentes morrentes
com pressa ou devagar
pelo chão
pelo ar
enclausurados em garrafas
pelas cheias ou meias taças
serenos ou serenatas
pelos trincos das vidraças
pela chuva que ripa
tamborilando latas
pelos ventos de graça
madurando verde
verdejando mata
marrom pelos
“sonhos de valsas”
Ou por feiuras
das desgraças
só, venha
sem cordas e amarras
só, mas conduzindo malta
cheio, com ou sem mortes de flores,
superlotando sacos de dores
venha de lama e lodo
vermelhos, curativos,
iodo; sem nojos
(ah, veio até rimas)
- faz parte do jogo
pelas fugas de Antonios
e Joãos
pelas maresias de Anas
e Marias
pelos versos
grandes ou
pequenos
mas que venha
poesia
Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.
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Imagem extraida do Google.