como voo de pardal,
passo pela vida
em instantes de gorjeios
são fantasias de solidão
sonhos ululantes ao vento
com frémitos faiscantes
afasto do pensamento
a crocitante privação
que cai, nos queixumes
incessantes das ondas
latejando em espuma
ofegante de desassossego
e imagino, que
irrompes do nada
cobres o meu corpo
porque eu só quero ser,
assim, corpo no teu corpo
veemente regozijo
de um infinito clímax.