Poemas : 

maná do céu transmutado em excrementos

 
“Lá no centro do plaino inficionado
Se escancara grão poço, amplo e profundo:
Direi a compostura em tempo asado.

Espaço em torno estende-se rotundo
Entre o poço e o penhasco pavoroso:
Reparte-se em dez cavas o seu fundo.”

A Divina Comédia - Inferno, canto XVIII





Misteriosos cochilos completos, a cabeça curvada sobre o queixo,
assistindo visualizações das ondas, castelos e torres nas rocas;
às guampas das hastes nos relógios gigantes a provocação deixo,
visualizações ameaçadoramente ágeis, emanadas desde as bocas.

Perfilados em guarda estão valorosos pares de cruéis provações,
de espíritos orgulhosos desprezaram o olho da criação de Zeus,
nos pináculos nevados não afetada mente diante das elucubrações,
diante deles florescendo ícone, quanto nas imaginação dos agreus.

De repente, parecia que todos lugares soavam patéticos extremos,
tomei este benefício como gratuito, sequer ocorreu-me agradecer;
permaneci soterrado em refúgios, imolado para cuidados supremos.

Qual figura bíblica brandi um cajado a rogar aos céus suplementos,
improlífico restou, como se devedor fosse de vis tributos do alcácer,
não houve o maná esta hora; inundou-se o universo com excrementos.





 
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shen.noshsaum
 
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