Poemas : 

ANOITECER

 


NOTURNO (2)

As luzes do apartamento
piscaram em câmara lenta
e um relâmpago trincou a solidão noturna.

Um ruído molhado veio correndo pela avenida,
o vento agitou a copa do arvoredo
e a chuva bateu na minha janela pedindo socorro...

Pela vidraça embaçada vejo as luzes da iluminação pública como difusos borrões impressionistas.
Uma grande tristeza invade minha alma
e talvez eu escreva um prelúdio em tom menor
para não sofrer muito.

JBMendes

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JBMendes
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