Sou do todo a existência
Do Sopro á Luz
Em terra, ando
No mar eu nado
No ar nunca ousei
E com calma, pela vida sou tragado
Quem sou eu...
Quem sou eu, meu camarada?
Minha moça mal-amada
Meu sossego singular
Meu !
Em verdade nada tenho
Se o declaro é por vaidade
Nada tenho. Tudo fica por ai
Amontoados pedaços ,as muitas coisas que enjoei
Novidades para tantos que chegam
Tilintando brilhos febris nos olhos dos virgens
Quem sou eu, minha querida, de outro, rainha?
Poderias enamorar tuas mãos suaves nas minhas?
Mentirei pra você
Te darei, já de tantas, aquela Lua
Mentirei
Como gostas, moça bonita...
Nada tenho
Sou um sopro de Titan
Nada mais que mitologia eterna e mal contada
A perdurar para sempre nas profundezas do teu teimoso coração.