Sempre vítima
Dos dissabores da vida,
O homem pensa ser herói
De suas próprias façanhas...
Deslembra-se do vizinho,
Procura encurtar caminhos
Na ânsia louca
De atingir o impalpável
Em seu íntimo...
Mergulha em abismos obscuros
Tornando o destino sem rumo
E não enxerga
Sua própria consciência...
Oculta sua existência,
Busca no nada uma saída
E perde-se...
Num labirinto pessoal.
Poema escrito e registrado
Em dezembro de 1986.