Nebulosas
Em teu deserto em chamas
Suprema é a dor que sentes
Quando sai de tuas entranhas
A serpente, que para sempre te chamara de mãe.
E bebera teu leite
E será teu deleite
A tua fantasia
E te destruirá
Rastejara em tua cova escura,
Asquerosa companheira
Em tua sepultura
Dançara na tua carência
Bebera da tua essência
E no sinistro escuro
Tu ouvirá o riso, atormentado e aflito
O mundo despedaçar-se-a em agonia lenta
Ânsias, espasmos em sua dor violenta
Sem amarras, implacável
Ouvira seu lacerante grito.
E mais nada. . .
Alexandre
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