Quando minha pele já não puder mais aguentar. Quando minha vadia e livre juventude for apenas versos jogados em cima do piano. Você ainda estará para sussurrar nossos versos íntimos? Quando apenas meus olhos puderem falar com os seus e assim rimar. Quando apenas faltar um ano. Você irá me procurar? Procurar-me na insanidade, procurar-me em cada quarto enumerado. Você ainda me chamará para viajar? Passear pelo Alasca em seu cavalo alado. Seja vaga-lume no meu quarto escuro, pisque sobre os papéis guardados, as flores das quais fui incapaz de jogar. Deite aqui, preciso ser abraçado e por alguns instantes me sentir amado. O último suspiro de ar a esbravejar no cata vento do mármore esquecido. Lugar onde o sonho é calado. Lá no canto, debaixo da velha árvore e suas ranhuras há todo um sorriso adormecido. Onde as flores nascem e os anjos aterrissam. Onde o sol toca e a lua beija. Lá no canto, na velha árvore há entalhado a formula secreta que todos precisam. O vento irá trazer o perfume de alfazema e as borboletas para que eu veja. E novamente assim. Eu seja. O único retrato na parede de seu quarto. A única foto ao seu lado.
Lindas palavras formando esse belíssimo poema. Uma belíssima escrita, lindo. Boboletas que voam, ventso que se acolhem nesse silêncio adormessido que se aterriza em memorias
que bonito seus versos poéticos cara,me fez lembrar a saga daqueles amores antigos,medievais,onde o herói escrevi cartas para sua amada e ambos sofrendo horrores de amor um pelo outro,bem legal,curti muito,vai ai um dedo verde pra cima.