O que tenho eu além de um rosto, senhor, Dona da face do desgosto a roubar-te amor? Queres ganhar uma passagem para o inferno, Onde sou senhora, visagem e horror interno?
Quando digo: loucura! Eu não invento. Falo de dentro duma mente mui doente, Desta caricatura, que figura ao vento, Cheia de fantasmas... Na real é demente.
Bem fazes em calar a voz aos meus ouvidos!... Que teus olhos fechem e desviem de mim, E de tudo em tal e todo instante faça-me fim!
Adeus a ti e mim, belo cavaleiro ausente! Daqui seguirei em frente, sem olhar para trás, Lá, onde estive cega, indiferente e em paz.
Belo soneto Permita-me: Adeus a ti e mim, bela dama ausente! Daqui seguirei em frente, sem olhar para trás, Lá, onde estive cego, indiferente e em paz.